Desgoverno, caos e sofrimento humano na degradada São Paulo

29 maio 2010 by josé carlos vaz, 2 Comments »

Transcrevo abaixo texto do jornalista Mauro Carrara, retirado do blog Arlesophia.

Ajuda a discutir um fenômeno que muitos teimam em não ver: a contínua degradação da metrópole paulistana.  O texto, escrito no auge das enchentes do início do ano,  reflete sobre as causas da contínua queda de qualidade de vida na cidade, o que faz com que a maioria da população sonhe em deixá-la.

Tenho um reparo ao texto:  Ele mistura o tema dos pedágios urbanos com o problema dos custos altíssimos dos pedágios das rodovias paulistas. São coisas diferentes. Apesar de impopulares, os pedágios urbanos são uma ferramenta válida para desestimular o uso do automóvel e promover o transporte público.

Desgoverno, caos e sofrimento humano na degradada São Paulo

Mauro Carrara*


Você também não agüenta mais viver em São Paulo? Não vê retorno nos altíssimos impostos pagos ao Governo do Estado e à Prefeitura?

Você já se cansou de passar horas e horas no trânsito? Já não suporta ver semáforos quebrados ou desregulados? Já se indigna com a indústria de
multas?

Já precisa tapar o nariz para andar pelas ruas lotadas de lixo?

Já teme perder seu carro numa enchente relâmpago?

Já se apavora ao saber que a cidade praticamente não tem mais polícia, e que são suas orações que protegem seus familiares nos trajetos urbanos?

Já se questiona se o suor do trabalho não é suficiente para lhe garantir um mínimo de eficiência nos serviços públicos?

Já se pergunta por que a imprensa nunca lhe dá respostas?

Já nota que o jornal e o portal de Internet nunca lhe fornecem a explicação que você procura?

Talvez, então, você esteja no grupo dos 57% de paulistanos que deixariam a capital caso pudessem, conforme apurou o Ibope.

Talvez, esteja no time dos 87% que consideram São Paulo um lugar completamente inseguro para se viver.

Mas, afinal, como chegamos a esta situação caótica na maior cidade do Brasil?
Analisaremos questões específicas (enchentes, trânsito, segurança, entre outras) do processo de degradação da qualidade de vida em São
Paulo.

Porém, comecemos pelo geral.

1) Sua angústia, paulistano, tem basicamente três motivos:

a) A incompetência, a negligência e a imperícia dos grupos que, há muitos e muitos anos, se apoderaram da máquina pública no Estado de S. Paulo.
Aqui, o “capitão da província” é sempre da mesma tropa.

b) O sistema desonesto de blindagem e proteção dessas pessoas pelos veículos de comunicação, especialmente a Folha de S. Paulo, o Estadão, a Rede
Globo e a Editora Abril, aquela que publica a Veja.

c) A vigência de uma filosofia de gestão pública que nem de longe contempla as necessidades humanas. O objetivo da máquina de poder, hoje, em São
Paulo, é privilegiar uma pequena máfia de exploradores do Estado e da
cidade. O governo dos paulistas e dos paulistanos exige demais, mas
oferece de menos.

2) Em pleno século 21, os velhos políticos ainda administram São Paulo como coronéis de província. São tão arrogantes quanto preguiçosos.

a) Não temos um plano coordenado de construção de “qualidade de vida” na metrópole, que coordene ações na área de saúde, educação, cultura, transporte e
moradia. Todas as outras 9 grandes cidades do mundo têm, hoje, grupos
multidisciplinares trabalhando duramente em projetos desse tipo.

b) Não temos um projeto sério, de longo prazo, para reestruturação e racionalização da malha viária.

c) Não temos um sistema de transporte coletivo decente. Entre as 10 maiores cidades do mundo, São Paulo é aquela com o menor número de
quilômetros servidos por metrô.

3) Por que a doce chuva virou sua grande inimiga?

a) Porque os governantes de São Paulo não pensam em você quando autorizam a construção de novos condomínios e habitações. Onde havia terra e
árvores, passa a existir concreto. O solo não absorve a água, que corre
desesperadamente para o Tietê.

b) Porque a prefeitura simplesmente abandonou os trabalhos de construção dos piscinões. Você tem medo de morrer afogado no Anhangabaú? Pois bem, os recentes dramas
no túnel teriam sido evitados se José Serra e Gilberto Kassab tivessem
seguido o projeto de construção dos reservatórios de contenção nas
praças 14 Bis e das Bandeiras. Até o dinheirinho já estava garantido,
com fundos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Mas os
dois chefões paulistas consideraram que as obras não eram necessárias.
Agora, você paga por este descaso.

c) Lidar com água, uma das mais importantes forças da natureza, exige pesquisa e conhecimento. Em São Paulo, as obras são feitas de acordo com o humor dos governantes,
muitas vezes em regime de urgência. Na pressa, o resultado quase sempre
é desastroso. No Grajaú, por exemplo, os erros de engenharia na
canalização de córregos acabaram por gerar entupimentos, enchentes e
destruição. As famílias da região perderam móveis, eletrodomésticos,
roupas e alimentos. Ou seja, obra sem planejamento gera mais prejuízo
que benefício.

d) São Paulo tem a sua Veneza. É o Jardim Romano, que vai afundando a cada enchente. Como se trata de periferia, a prefeitura simplesmente abandonou os projetos de drenagem e captação de
águas. O resultado é água imunda dentro das casas, doença e morte. Para
minimizar o problema, o governo do Estado resolveu lançar um “carro
anfíbio”, apresentado com pompa pelo bombeiros. Será que, não
satisfeitos com o estrago, ainda querem rir da cara do cidadão?

e) O descaso com a cidade pode ser provado facilmente. Um levantamento técnico mostra que o número de pontos de alagamento aumenta
assustadoramente de ano para ano. Em 2007, a cidade tinha 9 pontos
fixos de alagamento. No ano seguinte, já eram 43. Atualmente, há 152
lugares por onde o paulistano pode perder seu carro durante uma chuva.
É isso aí mesmo: 152! Sem dúvida, anda chovendo bastante. Mas não se
pode negar que problemas de escoamento estão gerando o caos em áreas
antes seguras. É o caso da Avenida Brasil com a Alameda Gabriel
Monteiro da Silva, nos Jardins. Quem podia imaginar que até mesmo a
região nobre de São Paulo sofreria com alagamentos, lama e fedor
insuportável?

f) O dinheiro que a Prefeitura gasta em câmeras, multadores automáticos e propaganda na imprensa poderia muito bem servir à erradicação de alguns desses problemas. No entanto, o drama da
população parece não sensibilizar o prefeito nem o governador. Veja o
caso dos alagamentos da Marginal Pinheiros com a Ponte Roberto Rossi
Zuccolo. O problema já é grave, mas as obras nem foram contratadas,
como admite a prefeitura. No caso da Zachi Narchi com Cruzeiro do Sul,
na Zona Norte, a prefeitura limita-se a dizer que há um “projeto para
futura implantação”. Tudo muito vago. Nenhuma pressa. No caso da
Alcântara Machado (Radial Leste) com Guadalajara, a confissão oficial
de incapacidade é assustadora: “as interferências não configuram
possibilidades de obras para solucionar o caso de imediato”.

4) Por que São Paulo fede?

a) Porque a gestão Serra-Kassab simplesmente reduziu em cerca de 17% o investimento em varrição e coleta de lixo, especialmente na periferia.
Aliás, limpeza urbana é algo que não se valoriza mesmo em São Paulo,
vide as declarações do jornalista Boris Casoy sobre os garis.

b) Porque os projetos de coleta seletiva e de usinas regionais de reciclagem foram reduzidos, desmantelados ou sumariamente engavetados.

c) Porque a política de “higienização social” tem dificultado extremamente o trabalho dos catadores e recicladores.

d) Nem é preciso dizer que o lixo que se amontoa nas ruas da cidade vai parar nos bueiros. Vale notar que, nas enchentes, boa parte do lixo
boiando está devidamente ensacado. Trata-se de uma prova irrefutável de
que o “porco” nesta história não é o cidadão paulista, mas aquele que o
governa.

5) Padarização: por que São Paulo é tão insegura?

a) O governo Serra praticamente sucateou o sistema de Segurança Pública. Paga mal os agentes da lei e ainda fomenta a rivalidade entre policiais
civis e militares.

b) Em seu ímpeto privatista, o governo paulista incentiva indiretamente os empreendimentos de segurança particular.

c) Mal pagos, mal aparelhados e mal geridos, os policiais paulistas são o retrato da desmotivação.

d) Criou-se informalmente um sistema de “padarização” das patrulhas. Normalmente, os agentes da lei se mantêm na porta de uma padaria ou
mercado, reduzindo drasticamente as rondas pelas áreas internas dos
bairros. De certa forma, acabam se tornando uma guarda particular dos
comerciantes locais. Esse fenômeno atinge não somente a periferia da
Capital e de outras grandes cidades, mas também os bairros de classe
média.

e) Essa mesma polícia invisível nas ruas, entretanto, ocupou o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) durante ato em defesa do Programa Nacional dos Direitos Humanos. Exigiam explicações
sobre o encontro… Ora, que terrível bandido se esconderia ali? Ou será
que voltamos à época da Operação Bandeirantes, que visava a perseguir
os inimigos do regime militar?

f) Cabe dizer: o pouco que restou da Segurança Pública é resultado do esforço pessoal de policiais (militares e civis) honestos, dedicados, que ainda arriscam a vida para
proteger o cidadão. Esses, no entanto, raramente são premiados por suas
virtudes.

6) Politicalha na calçada, trânsito, impostos e desrespeito ao cidadão.

a) Sem qualquer fiscalização da imprensa, o governante paulista julga-se hoje acima da lei. Não precisa dar satisfações a ninguém.

b) É o caso da Calçada da Fama, já apelidada de Calçada da Lama, no bairro de Santa Cecília. Inspirada na homônima de Hollywood, foi condenada por
todos os moradores locais. Mesmo assim, a prefeitura colocou 18 homens
da Subprefeitura da Sé para trabalhar na obra (afinal, eles não têm
bueiros para limpar). Cabe lembrar que os “testes” de homenagens foram
realizados com a colocação de duas estrelas. Uma delas tinha o nome do
ex-governador Geraldo Alckmin. A outra, do atual, José Serra, o único
governador do Brasil que, entre amigos, se gaba de acordar ao meio-dia.

c) Para obras desse tipo, supõe-se, o prefeito Kassab busca um “aumentaço” no IPTU, tanto para imóveis comerciais quanto residenciais.

d) Cedendo ao cartel das empresas de ônibus, Kassab também decretou aumento nas passagens, de R$ 2,30 para R$ 2,70. A poucos metros da
Câmara dos Vereadores, com bombas de efeito moral e balas de borracha,
a polícia de Serra reprimiu violentamente os estudantes que tentavam se
manifestar contra a majoração. Agressão desse tipo, aliás, já tinha
sido vista na USP, em episódio que lembrou a invasão da PUC-SP por
Erasmo Dias, em 1977.

e) Se o trânsito é cada vez mais caótico em São Paulo, raras são as ações destinadas a reformar a malha viária, revitalizar o transporte público e constituir um sistema inteligente e
integrado de locomoção urbana. Os técnicos da Companhia de Engenharia
de Tráfego ainda planejam suas ações conforme modelos da década de 60.
A obsolescência no campo do conhecimento é a marca da gestão da CET.

f) Se o tráfego paulistano é um horror, confuso e mal gerido, o mesmo não se pode dizer da indústria de multas. Em 2009, foram arrecadados R$
473,3 milhões, valor maior do que o orçamento de cinco capitais
brasileiras. Só 62 municípios do Brasil recebem, entre todos os
tributos, aquilo que o governo paulistano obtém com esse expediente
punitivo.

g) Com esse valor, seria possível instalar 2 mil semáforos inteligentes (raros aqueles em perfeito funcionamento na cidade) e 40 terminais de ônibus.

h) Curiosamente, se falta dinheiro para a reforma dos equipamentos de controle de trânsito, sobra para a compra de radares e aplicadores de multas. Foram 105 novos
aparelhos em 2009. E a prefeitura projeta a instalação de pelo menos
mais 300 em 2010.

i) Se os radares estão atentos ao motorista, dispostos a lhe arrancar até o último centavo, também é certo que não há olhos para as máfias de fiscais nas subprefeituras, especialmente na
coleta diária de propinas nas áreas de ambulantes. Em 2008, membros da
alta cúpula da subprefeitura da Mooca foram protagonistas de um
escândalo, logo abafado pela imprensa paulistana. Hoje, os esquemas de
cobrança ilícita seguem firmes e fortes. Faturam milhões, à luz do dia,
na região do Brás, da Rua 25 de Março e da Lapa, entre outros, conforme
denúncias dos próprios camelôs.

7) Até para fugir, o paulistano pagará caro… Dá-lhe pedágio!

a) Alguns governantes tornam-se conhecidos por construir estradas. Outros, por lotá-las de pedágios e fazer a festa de seus apoiadores de
campanha. É o caso de José Serra. Em média, um novo pedágio é
implantado em São Paulo a cada 30 dias. O ritmo de inaugurações deve
crescer em 2010. Somente nas estradas do litoral, o governador quer
implantar mais dez pedágios.

b) José Serra desistiu temporariamente de sua ideia obsessiva de implantar pedágios também nas marginais do Tietê e do Pinheiros. O desgaste político poderia
inviabilizar, de uma vez por todas, seu projeto de ocupar a presidência
da República.

c) Fora dos centros urbanos, entretanto, a farra do pedágio continua. Em Engenheiro Coelho, na região de Campinas, por exemplo, uma família já precisa pagar pedágio para se deslocar de um
lado a outro de seu sítio, cortado pela rodovia General Milton Tavares
de Souza (SP-332). Agora, para cuidar do gado, os sitiantes precisam
pagar a José Serra e seus amigos da indústria do pedágio. Nessa e em
outras cidades, o cerco dos pedágios deixam “ilhados” moradores da zona
rural e de condomínios habitacionais. Nem mesmo o “direito de ir e vir”
é respeitado.

Como resgatar São Paulo

Nos últimos anos, São Paulo vem sendo destruída e seus cidadãos humilhados. Está perdendo seu charme e carisma. Aumenta-se a carga de impostos, ao
passo que os direitos básicos do cidadão são negados pela autoridade
pública.

Mas nada comove a imprensa surda, muda e partidarizada. As enchentes, o lixo acumulado, as obras inacabadas, o apagão no trânsito, a fábrica de analfabetos do esquema de “aprovação
automática”, as máfias de propinas, a falta de segurança e a fábrica de
multas não sensibilizam os jornalistas.

A ordem nas redações é botar a culpa na sorte, nas gestões anteriores ou em São Pedro. Nenhuma tragédia é atribuída aos governantes locais. Jamais.

Quando a cratera do metrô engoliu trabalhadores, pais e mães de família, a imprensa silenciou sobre a culpa daqueles que deveriam fiscalizar a
obra.

E o prefeito Gilberto Kassab ainda se divertiu, transformando a tragédia alheia em piada. Nem a Folha nem o Estadão escreveram editoriais indignados sobre o episódio.

A imprensa também se fez de boba quando a ponte do Rodoanel desabou sobre a pista, destruindo veículos e ferindo pessoas.

Aliás, os jornais estampam enormes manchetes quando se constata qualquer atraso em alguma obra do PAC. Mas não encontram relevância no atraso
das obras do Rodoanel.

Já são doze anos de embromação, casos de superfaturamento e destruição do patrimônio natural nos canteiros de obras.

Na Capital, José Serra e Gilberto Kassab criaram fama ao inventar a lei “Cidade Limpa”, uma restrição sígnica ao estilo “talebã” que deixaria
os habitantes de Nova York e Tóquio perplexos.

Eliminaram praticamente toda a publicidade local e, automaticamente, canalizaram milhões e milhões de Reais para jornais, TVs, rádios e portais de
Internet. Um golpe de mestres.

Portanto, aquele que sofre diariamente em São Paulo precisa urgentemente revisar seus conceitos políticos, reeducar-se para a leitura dos produtos noticiosos e
mobilizar-se para viabilizar a urgente mudança. Se São Paulo pode ser
salva, será você, paulistano sofrido, o artífice dessa proeza.

* Mauro Carrara é jornalista, paulistano, nascido no Brás, em 1939.

2 Comments

  1. Arawak Deserter disse:

    Pedágio: nunca é demais lembrar que Mário Covas (tido por muitos, com uma certa dose de razão, como “o último tucano decente”) criou calo na língua de tanto repetir que não queria pedágio no Rodoanel porque “Rodoanel é pra população andar, não pra ganhar dinheiro”… E no entanto a própria tucanalha (sim, pasmem!, essa não foi obra dos “petralhas”!) revelou que conviveu com Covas mas conseguiu não aprender nada com ele, e encheu de pedágio a “pirâmide do século”…

    Também não é demais lembrar que “cimento, qualquer maluf mistura”, isto é, obra civil é importante mas não transforma ninguém em gênio. Muito menos em estadista.

    Cidade Limpa: semana passada a estudantada universitária resolveu em peso se ajuntar no Anhembi pra encher a cara o dia inteiro, ao invés de se preocupar em estudar pra virar gente (presenciei pelo menos quatro desses moleques aproveitando a paração do trânsito pra urinar em árvores do canteiro central da avenida…). E não é que tinha faixas oficiais do CET informando o local pra “troca de abadás” em plena Av. Brás Leme??? Sem falar nas faixas que aparecem aqui e ali informando horário da feira-livre, etc… Se eu puser uma faixa dessas anunciando liquidação na minha loja, a quantidade de multas vai ser suficiente pra liquidar DE FATO a minha loja! Dois pesos e duas medidas!! Pelo visto, a Cidade só vai ficar Limpa, de fato, quando Kassab finalmente devolvê-la a seus habitantes! Ainda bem que esse dia está chegando! #countdown!

  2. Marcos disse:

    Covas não foi o último tucano decente porque isso nunca existiu.

    Elegeu-se berrando contra o Baneser que tinha sim seus cabides de empregos, mas a grande massa trabalhava de verdade. E foi essa massa a demitida. Tanto é que todas as secretarias de Estado pararam por meses, pois quem trabalhava não estava mais. Além disso, outra empresa foi criada no lugar do Baneser, pesquise quem quiser, eu denunciei a todos os jornais e revistas na época, mandei até contrato social e ninguém deu uma nota sequer.

    A blindagem da imprensa é antiga, depois culpam o Gov. Federal por censurar o Estadão, que estava querendo divulgar informações secretas de uma investigação, o que prejudicaria seu resultado.

    Serra é um administrador medíocre, midiático apenas. Só “propagandas de cigarro” com qualidade de “propagandas de cerveja” – nada é totalmente verdadeiro. Vide por exemplo a estação Vila Prudente, verifique os acessos em seus entornos. Tudo é feito incompleto, pela metade, só o que aparece na foto é valorizado. Vide a Marginal, na próxima estação de chuvas. Felizmente esse cara não ganha esta eleição. Quatorze estações sairam do papel? Me poupe, a maioria detas 14 já existiam, foram repintadas, assim como os trens.

    Se eu for listar cada palhaçada de Serra, escreverei pelo dia todo.

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