Os rankings universitários e a avaliação das universidades – uma visão crítica
O professor Vladimir Safatle publicou excelente artigo intitulado “Avaliar para Moldar”, demonstrando os vieses e a ideologia que estão por trás das avaliações universitárias, especialmente os rankings universitários.
Li o texto no blog do Luis Nassif e postei um comentário lá, que resolvi publicar aqui, também. Como o texto a seguir é um comentário, sugiro que leiam o texto original antes.
Concordo plenamente com o artigo do Prof. Safatle.
A maneira como ele apresenta o processo de “moldagem” do pensamento e da prática das universidades e seus pesquisadores corresponde à sensação que tenho. Em minha área, por exemplo (Administração Pública), o Brasil tem enormes necessidades no campo da produção, circulação e aplicação prática de conhecimento pelas universidades.
A demanda que temos é por textos escritos em português, publicados aqui no Brasil. De preferência, textos que saiam dos limites da academia e alcancem gestores públicos. Que sejam apresentados em congressos aonde estejam presentes não somente os acadêmicos, mas também os técnicos do setor público e os gestores.
Mas a estrutura de avaliação está longe de estimular isso. Estimula, sim a quantidade, em oposição à qualidade e ao impacto efetivo das pesquisas na realidade concreta.
Boa parte das práticas de avaliação só faz fomentar o que costumo chamar de “fetiche dos indicadores”: avaliações quantitativas que pouco avaliam do que interessa, de fato, ou que são usadas de maneira muito pouco crítica por gente que acredita em quaisquer números, mas não gasta 30 segundos pensando como foram gerados…
Creio que essa cultura de avaliação para impor um determinado modelo de universidade anglo-saxã está formando pesquisadores cada vez mais distanciados da realidade e comprometidos apenas com seu currículo na plataforma Lattes. E, também, alguns docentes que pensam que a universidade é apenas um local onde, para seu pesar, são obrigados ao desprazer de dar aulas para poder fazer pesquisa, desprezando a responsabilidade (da universidade, mas também sua, como trabalhadores do conhecimento) que têm em uma agenda nacional mais ampla, incluindo temas como o combate às desigualdades e no fortalecimento da democracia, da soberania e do desenvolvimento nacional.
No tocante à internacionalização, não há por que se opor à circulação de pesquisadores, docentes e estudantes, nem à circulação de conhecimento. Acontece que, infelizmente, ainda temos um complexo de vira-lata muito grande, que nos faz adotar a postura de que tudo que vem da Europa ou dos EUA é melhor que o que temos, de per si.
Esse mesmo complexo de vira-lata faz pensar que devemos copiar as práticas das universidades européias e anglo-saxãs. Cópia, imitação, é coisa de gente sem capacidade de análise e sem instrumental intelectual para interpretar a própria realidade. Por isso, precisam copiar, incapazes de aplicar criticamente um repertório teórico e empírico que deve ser a verdadeira base de uma formação sólida.
O Brasil tem seus próprios problemas e necessidades, e é com eles, antes de mais nada, que a universidade deve dialogar. Lamento informar a alguns anglófilos, mas, para sua tristeza, vivem no Brasil e são docentes de universidades brasileiras. É bom que leiam Darcy Ribeiro e os outros autores citados pelo Prof. Safatle, e tentem entender de que país estamos falando…
Tags:Universidade
Sou aluna do curso de Direito e tenho visto isso na minha Universidade constantemente. O que se quer é aumentar a classficação e pouco se importa com o real aprendizado, com o peso da Universidade na região, que é muito porbre, no meu caso. E por ser curso de Direito temo que além do que foi falado acima haja o problema do direcionamento das provas e exames para a OAB, transformando tudo em um cursinho para essa prova. Que mais pessoas pensem como o professor e que esse pensamento alcance a efetividade!
[…] comentário do Prof. José Carlos Vaz sobre o texto: Os rankings universitários e a avaliação das universidades – uma visão crítica […]
Concordo plenamente, muito boa matéria!
Leroy: Ja Fasanen heter så Två haaspkettcr har jag sett där samtidigt i alla fall, och en domherre. Så jäklar vilken fart det blev när kärven kom, tusen tack för tipset, nu är dte kul att stå och titta ut
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En clair : Jeanne Moreau est une des femmes de ma vie ! Je la trouve belle, intelligente, forte… ce n’est donc pas sa beauté que je mets forcément en avant. car tout me plaît chez cette nana… une vraie !Ma remarque était donc effectivement une allusion au débat sur la beauté… Jeanne Moreau ne pourrait pas s’en plaindre !Et cette sensualité…
November 25, 2011 at 8:35 amYou definitely have lots of amazing peer support groups. I think volunteering or doing any sort of online project that will provide tangible evidence of your skills is a smart idea. Reply
Sensacional o vÃdeo, hein??? A câmera On Board me mostra dois pontos muito interessantes, risos… a "pilotagem" sem luvas e a cambagem gigantesca… que dá a impressão que a suspensão está completamente torta (talvez até esteja, né? risos…).Muito bom meu velho, muito bom… tal qual continua ótimo seu trabalho na rádio…!!!AbraçãoCarlos Garciaps. Já estou te seguindo no Twitter… o meu é http://www.twitter.com/mvgarcia
Alberto • 1 year, 2 months ago Hi Pramod,I need your help please!I recently jailbreak and unlock my iPhone 3GS 4.3.5 and updated to BB 06.15.00. Now my iP3GS is running iOS 4.1 with BB 06.15.00 amd is working fine. It is an untethered jailbreak and i do not have any problem with the battery. My question is, can I update the current fw to 4.3.3 via redsnow or snowbreeze without loosing the unlock? Thanks a lot in advance!
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