Folha de SP: jornalismo de esgoto e preconceitos no debate sobre drogas
Mentiras, manipulação e sensacionalismo não resolvem o problema das consequências nefastas das drogas ilícitas. Mas a Folha de SP não pensa assim. O Dep. Paulo Teixeira (PT-SP) foi vítima de uma armadilha traiçoeira do jornal, seguindo o que é seu padrão de fazer alguma coisa que lembra jornalismo, só que com um cheiro nauseante.
A FSP seguiu o script de sempre: pegou frases fora de contexto, ditas há tempos, preparou uma matéria e faz de tudo para não conseguir falar com o “acusado”. Depois, publicou que ele se recusou a receber a reportagem. Em seguida, a direita raivosa já começou a espalhar coisas do tipo “petistas querem liberar a maconha” e outras afirmações preconceituosas e mal-intencionadas.
Além de registrar minha solidariedade ao Dep. Paulo Teixeira, sugiro a leitura da sua entrevista à jornalista Conceição Lemes, do Vi o Mundo.
A entrevista ajuda a entender a manipulação mal-intencionada do jornal. Mas o mais importante é que é muito útil para conhecer possibilidades de políticas alternativas contra os danos causados à sociedade pelas drogas ilícitas e pelas consequências das suas formas de comercialização. Também ajuda a refletir sobre a insuficiência das políticas repressivas e sobre os impactos negativos do tratamento que o sistema judicial e penal dá ao tema.
Não faltam motivos para a FSP tentar atingir o deputado Paulo Teixeira. Além de líder do PT na Câmara dos Deputados, é um nome de destaque no debate das políticas públicas relacionadas ao tema das drogas ilícitas. Foi um pioneiro na elaboração de legislação de redução de danos para usuários, ou seja, medidas destinadas a reduzir os impactos negativos do uso de drogas, (um exemplo é a distribuição de seringas descartáveis para usuários de drogas injetáveis, para evitar a transmissão de doenças pelo compartilhamento de seringas). Também tem fortes vínculos com os movimentos de moradia em SP e com a luta pela democratização da internet (assunto no qual a FSP, através do UOL, tem evidentes interesses contrariados).
Tags:Drogas, Paulo Teixeira
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