Banda Larga no Brasil – Seminário GPTI noturno

9 jun 2010 by josé carlos vaz, 1 Comment »

Universidade de São Paulo

Banda Larga no Brasil

Trabalho realizado como critério de avaliação parcial na disciplina de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação

Professor: José Carlos Vaz

Alunos: Raul Ferronato Costato, Ernesto Vivona, Luiz Alan Fujita O. Neves, Rafael Pukaro e Karol Oliveira

São Paulo, 31 de maio de 2010

1 – Objeto e Objetivo

O objeto de nosso trabalho é a internet, que vem se tornando cada dia mais importante para nossas vidas, seja no trabalho, faculdade, pesquisa ou lazer.

O objetivo de nosso trabalho é mostrar como a internet surgiu e sua trajetória até a implantação da banda larga.

Colocaremos a história da internet e da banda larga em âmbito internacional, depois, relacionaremos os fatos à implantação da banda larga no Brasil.

2 – Construção de infra-estrutura de banda larga

A precursora da Internet foi desenvolvida nos tempos da Guerra Fria sob o nome de ArpaNet para manter a comunicação das bases militares dos Estados Unidos. A idéia da construção de uma rede de computadores que pudessem trocar informações surgiu no “Advanced Research Projects Agency”, ARPA, do Departamento de Defesa norte-americano, em 1962. Imaginava-se uma rede de computadores que permitisse o trabalho cooperativo em grupos, mesmo que fossem integrados por pessoas geograficamente distantes, além de permitir o compartilhamento de recursos escassos, como, por exemplo, um supercomputador em construção na Universidade de Illinois, com o patrocínio da própria ARPA. As ligações da ARPANET usavam linhas telefônicas dedicadas à velocidade de 56 Kbps. Seus elementos ativos, chamados de Interface Message Processors (IMP) eram constituídos de computadores comercialmente disponíveis, cuidadosamente escolhidos para esta finalidade.

Com o fim da Guerra Fria o ArpaNet perdeu importância para os militares Foi assim permitido o acesso às universidades americanas e posteriormente às universidades de outros países. Nos dias de hoje a Internet é considerada o maior sistema de comunicação desenvolvido pelo homem.

Com o surgimento da World Wide Web, esse meio foi enriquecido. O conteúdo da rede ficou mais atraente com a possibilidade de incorporar imagens e sons. Um novo sistema de localização de arquivos criou um ambiente em que cada informação tem um endereço único e pode ser encontrada por qualquer usuário da rede.

3 – Tecnologias de Banda Larga

3.1 – ADSL

Embora o DSL de alta taxa de bit (High-bit-rate DSL – HDSL) estivesse ainda em fase protótipo, a Universidade de Stanford e o Bell Labs da AT&T desenvolveram a tecnologia DSL assimétrico (ADSL) do conceito até o protótipo (1990-1992). Os testes de campo começaram três anos mais tarde e o órgão de padronização ANSI lançou a primeira versão do padrão ADSL em 1995 (T1 413, versão I), e a segunda versão foi lançada em 1998. A primeira recomendação do ADSL, geralmente chamada de ADSL1, foi concluída em 1999. Essa recomendação foi baseada, em grande parte, nas normas ANSI.
O ADSL previa inicialmente a oferta de vídeo sob demanda, a uma taxa de bits de 8 Mbit/s no downstream e de 640 kbit/s no upstream. Mas foi a popularização da Internet que fez do ADSL um enorme sucesso comercial. De fato, a ADSL tem sido utilizada principalmente como uma forma de acesso à Internet de alta velocidade. Uma opção na norma do ADSL1 prevê uma taxa de dados de até 12 Mbit/s.

3.2 – VDSL

Os esforços para padronizar o VDSL (atualmente denominado VDSL1) começaram em 1995. Os órgãos internacionais de padronização ITU, ETSI e ANSI (T1E1. 4) desenvolveram projetos simultâneos com essa finalidade. Em 1997, um grupo de operadoras que associadas ao Full-Service Access Network (FSAN) especificou o requisitos fim-a-fim para VDSL. O processo estancou mais tarde, porém, devido a desentendimentos quanto a duas tecnologias concorrentes de codificação.

Do mesmo modo, um grande esforço para completar as normas do ADSL2 e do ADSL2+ deixou o trabalho de padronização do VDSL para segundo plano. Como resultado, implementações proprietárias do VDSL-QAM e do VDSL-DMT foram desenvolvidos e implantados em quantidades limitadas em alguns mercados.

Em 2003, onze grandes fornecedores de equipamentos DSL anunciaram conjuntamente seu apoio à codificação de linha DMT, em especial porque essa tecnologia facilitava a interoperabilidade e era mais compatível com as instalações ADSL existentes. Esta decisão também foi influenciada pelo esforço do IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers) para padronizar a Ethernet sobre VDSL como um elemento do padrão Ethernet na primeira milha (Ethernet in the First Mile – EFM) definido na norma IEEE 802.3ah.

Um objetivo claro do padrão EFM foi o de adaptar uma mesma tecnologia de codificação de linha, em cooperação com os órgãos de padronização do DSL. Isto iniciou uma verdadeira “Olimpíadas de VDSL’s”, onde o desempenho do VDSL-QAM foi testado contra o do VDSL-DMT em laboratórios independentes da British Telecom no Reino Unido e da Telcordia Technologies nos Estados Unidos. O VDSL-DMT superou o VDSL-QAM e foi assim aprovado pelo IEEE e pela ANSI.

3.3 – ISDN (RDSI)

Utilizam as redes de telefonia convencionais para transmitir dados em alta velocidade que variam de 64 a 128 Kbps (ISDN). No Brasil foi conhecido por conexão ou link dedicado, mas foi superado pela redes xDSL, mais usadas atualmente. Em Portugal é utilizado o acrónimo RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados). Para uma rede de telefonia transmitir dados através destas tecnologias, ela precisa ser 100% digital além das companhias de telefone adaptarem uma aparelhagem que viabilize a conexão. Requer do usuário um modem apropriado. É possível ampliar esta tecnologia desde que as redes sejam substituídas por cabo de fibra óptica.

3.4 – Modem a cabo (Cable Modem)

Esta tecnologia, também conhecida por Cable Modem, utiliza as redes de transmissão de TV por cabo convencionais (chamadas de CATVCommunity Antenna Television) para transmitir dados em velocidades que variam de 70 Kbps a 150 Mbps, fazendo uso da porção de banda não utilizada pela TV a cabo.

3.5 – Wireless/Rádio

Utiliza ondas de Rádio-freqüência para transmitir os dados. Há várias tecnologias em uso no Brasil, sendo bastante comum confundi-las.

3.6 – Radio MMDS/LMDS/DSSS

Tecnologia que está se espalhando pelo interior do Brasil, devido ao baixo custo de manutenção e boas taxas de preço e velocidade. Consiste em distribuir o sinal da Internet captado por uma linha E1 utilizando antenas e o distribuindo através de POPs (Point of Presence) espalhados pela cidade, formando uma grande rede de usuários. É muito comum haver grupos de assinantes – condomínios por exemplo – que juntos custeam e dividem o custo de todo o equipamento necessário para levar o sinal até suas residências, tornando o preço individual ainda mais baixo. A velocidade de acesso corresponde à contratada pelo assinante com o provedor.

3.7 – Wireless WiFi

Tecnologia popularmente conhecida como Wi-Fi, consiste em jogar um sinal de rede numa determinada área para que assinantes com modems e adequados em seus computadores captem o sinal e acessem a Internet sem usar um fio sequer. Todos os laptops fabricados a partir de 2003 já vem preparados para este tipo de acesso, bem como todos os modelos de Macintosh. Os pontos que disponibilizam o sinal são chamados Hotspots e podem ser públicos (Cafés, Aeroportos) ou privados.

3.7.1 – WiMAX

Esta tecnologia estende o alcance do sinal Wi-Fi a grandes distâncias, podendo cobrir cidades inteiras com uso de repetidores de sinal. Nos Estados Unidos, o Google está cobrindo várias cidades com esta tecnologia. No Brasil o Ministro Hélio Costa disse que esta será a tecnologia como canal de retorno da TV Digital e banda larga gratuita do governo a ser implantada até 2014.

3.8 – Celular

As redes de telefonia celular 3G permitem o acesso sem fio em alta velocidade à computadores e dispositivos móveis. Chegou ao Brasil em 2007 e vem se expandindo apesar do alto preço por dados trafegado.

A rede 4G promete ser ainda mais veloz e potente com grande cobertura de sinal. Em 2008 está sendo testada no Japão e prevista para estrear no final de 2008. Por ser bancada pelas empresas de telefonia que investem pesadamente no ramo, especialistas dizem que o 4G deve substituir o WiMax rapidamente no ano de 2010.

3.9 – Satélite

Usada em menor escala por empresas e instituições financeiras, esta tecnologia utiliza satélites de comunicação para transmitir o sinal diretamente aos computadores que os captam através de antenas parabólicas comuns e receptores. A grande vantagem é que pode-se estabelecer conexão em qualquer parte do país, até mesmo em áreas remotas. A velocidade depende do satélite envolvido e do serviço. No Brasil, a Embratel oferece o serviço pela Star One – bidirecional completo – tanto para usuários residenciais como corporativos. Nos anos 90, a DIRECTV tentou emplacar um serviço desse tipo a consumidores residenciais nos EUA, mas não obteve sucesso, principalmente pela banda de transmissão ser unidirecional – era capaz de apenas receber informações, sendo necessário um modem simples para a transmissão.

4 – Protótipos de banda larga (Somente Pesquisas)

4.1 – PLC

Ainda no campo da pesquisa por mais de oito anos nos EUA, consiste em transmitir os sinais de Internet através da rede elétrica. Nunca foi implantada comercialmente e um dos seus maiores problemas é que quanto maior a distância da casa do usuário aos servidores do provedor, pior fica a recepção e a velocidade. Atualmente vem sendo testada no Brasil nos estados de São Paulo , Paraná , Minas Gerais , Rio de Janeiro e Maceió (pela Eletropaulo , Copel e CEMIG, respectivamente). Também foi testada pela CEEE em Porto Alegre, em programa de inclusão digital.

O grande problema são os transformadores. O sinal até poderia ser transmitido a longas distâncias, porém os dados se perdem quando chegam aos transformadores. O caso mais próximo do sucesso deu-se na Alemanha, onde os transformadores não ficam nos postes, mas nas próprias residências. Porém, o sucesso não foi absoluto, devido à dificuldade de lidar com a alta tensão encontrada antes dos transformadores.

Outra dificuldade do PLC é a geração de fortes ruídos interferentes nas bandas de rádio, especialmente em HF onde estão alocados serviços de radiodifusão e utilitários. Por sua vez, o sistema é susceptível a variabilidades em decorrencia de sistemas externos, seja por RF ou dispositivos elétricos acoplados na mesma rede indoor. Em vários países há movimentos contrários a implementação do PLC nessas faixas e moldes de EMC propostos pelas agências reguladoras, inclusive com ações legais bem sucedidas como no caso da ARRL x FCC na Suprema Corte dos EUA.

O PLC (Power Line Communication – ou internet via rede elétrica) começa a dar seus primeiros passos para chegar ao mercado no Brasil. A Copel (Companhia Paranaense de Energia) vai inaugurar um projeto piloto oferecendo conexão à internet pela rede elétrica em banda ultralarga ainda em 2007, com 300 clientes com velocidade de 100 Mbps para cada um. A informação é de Orlando Cesar, consultor de telecom da empresa.

5 – A Internet no Brasil

No final da década de 1980 a Internet começa a se apresentar ao Brasil, com a interligação de redes de grandes universidades e centros de pesquisa do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre aos Estados Unidos. Com o objetivo de integrar esses esforços e coordenar uma iniciativa nacional em redes no âmbito acadêmico, o Ministério da Ciência e Tecnologia formou um grupo composto por representantes do CNPq, da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, da FAPERJ – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e da FAPERGS – Fundação e Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul, para discutir o tema.

Como resultado, surge em setembro de 1989 o projeto da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), uma iniciativa da comunidade científica brasileira sob a égide institucional original da Secretaria de Ciência e Tecnologia da Presidência da República e posteriormente do Ministério da Ciência e Tecnologia, inspirada em iniciativas similares nos Estados Unidos (especialmente a NSFNet). A atuação da RNP é limitada aos âmbitos federal e internacional – nos estados iniciativas de redes estaduais integradas ao projeto nacional seriam estimuladas para a ampliação da capilaridade da rede.

Desde então, a história da RNP não deixa margem a dúvidas quanto ao seu papel pioneiro na alavancagem da Internet brasileira, consolidando uma espinha dorsal nacional de ensino e pesquisa apesar dos recursos limitados disponíveis, e estendendo seu apoio a vários projetos sociais (mesmo enfrentando eventuais oposições de setores da comunidade acadêmica), servindo, portanto de alavanca fundamental do desenvolvimento da rede no país.

No final dos anos 90 a Banda Larga, lentamente, começa a ser usada no Brasil. Havia dúvidas sobre como seria regulado o serviço de banda larga em que as exigências de nova infra-estrutura colocavam os proprietários das redes de fibra ótica como potenciais monopolizadores do mercado (ameaça que já existia nos EUA).

Hoje, a Banda Larga brasileira já dispõe de grande quantidade de tecnologias, com prevalência da ADSL e por cabo, vinculada às TVs por assinatura.

Entretanto, uma série de problemas ainda tornam o acesso brasileiro ruim. Segundo matéria veiculada pela Folha de São Paulo, a velocidade média da banda larga no Brasil –1,08 Mbps -, está abaixo da média mundial (1,7 Mbps) e da de países da América Latina como Chile (2,22 Mbps) e Colômbia (1,45 Mbps). Os dados constam do relatório “The State of the Internet” (O estado da internet), elaborado pela Akamai, empresa especializada em internet. Com essa velocidade, o país fica em 35º em uma lista de 45 países, liderada pela Coréia do Sul, onde a banda larga atinge, em média, 14,6 Mbps.

Quatro das cidades latino-americanas mais rápidas ficam no Brasil: Curitiba (1,93 Mbps), Florianópolis (1,72 Mbps), Campinas (1,63 Mbps) e Belo Horizonte (1,62 Mbps). A cidade de São Paulo não consta do relatório publicado. A cidade mais rápida no ranking é Sandy (Utah, EUA), com média de 33,46 Mbps.

No Brasil, 20% das conexões são inferiores a 256 Kbps, velocidade mínima estabelecida pela UIT (União Internacional de Telecomunicações, órgão ligado à ONU) para que um serviço seja considerado banda larga. Nesse índice, apenas Síria (69%), Sudão (35%) e Índia (26%) têm um desempenho pior do que o brasileiro. Entre os países latino-americanos que constam da pesquisa, a Venezuela é o que mais se aproxima do Brasil nesse quesito, com 11% das conexões com velocidade inferior a 256 Kbps. Com uma conexão de 1 Mbps, levam-se aproximadamente 39 segundos para baixar uma música em MP3 de 5 Mbytes. Com 256 Kbps, o mesmo arquivo demora 2min36s para chegar.

6.1 – Universalizar a Banda Larga

Segundo Virgílio Freire, engenheiro eletrônico com especialização e Pós Graduação em Telecomunicações na PUC do Rio de Janeiro e ex-diretor da Embratel, da Telebrás e da Telesp, o Brasil tem 5,3 ligações de banda larga na internet para cada cem habitantes. A Argentina e o Chile têm 8,8. As leis do mercado fizeram com que o número de paulistas ligados à rede veloz (2,4 milhões) seja maior que o de todos os clientes das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste (2 milhões). Metade dos municípios brasileiros está fora da rede. Discute-se, hoje, no governo federal a possibilidade de se levar a Banda Larga à população de mais baixa renda, além de implantar uma rede de acesso via Internet em todos os órgãos da Administração – é o que se chama de e-Gov, na linguagem técnica do setor.

O Ministério do Planejamento tem analisado a situação da Banda Larga fornecida pelas operadoras privadas, como a Telefonica, a Oi, a Embratel. Fez um levantamento do que hoje estão fazendo nesta área outros países, como a Finlândia, por exemplo, que acaba de instituir o direito de todos os seus cidadãos, a partir de julho de 2010, a uma Banda Larga de 1 MB/seg. (cerca de 18 vezes mais rápido do que a Internet discada).

A discussão passa pela utilização do setor privado para a execução do projeto de universalização ou pela reativação da Telebrás, estatal, que faria a gestão da idéia passando a controlar redes de fibras óticas que hoje o governo já possui – uma extensão de 31.448 km de fibras, juntando a Eletronet, a rede da Petrobras e a da Eletrobrás. A abrangência prevista é de atendimento a 4.245 municípios (76% do total existente no país) em 23 estados mais o Distrito Federal, que somam uma população de 162 milhões de pessoas (ou 87% de todos os habitantes). Calcula-se em R$ 1,1 bilhão os recursos necessários para ligar o backbone e fazer o backhaul (ligação até a sede dos municípios), mas esse valor sobe para R$ 3 bilhões, se o governo decidir fazer a última milha (acesso até a residência do usuário).

O ex-presidente da ANATEL, Renato Guerreiro, é um dos críticos da proposta do atual governo. Guerreiro fez parte da equipe do Ministro Sérgio Motta, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, responsável pela privatização das Telecomunicações no Brasil. Para o ex-presidente da Anatel, as discussões até agora estão superestimando a banda larga. “Está se dando uma importância desmedida para a banda larga porque ela é uma simples infraestrutura”, ponderou Guerreiro em entrevista durante um evento sobre informática.

Ele criticou o foco da ala que defende a entrada do governo como gestor de uma rede pública de banda larga. “Acho que o foco na infraestrutura é distorcido, atrasado. É desvirtuar um recurso, uma inteligência do governo para uma atividade que já é feita pela iniciativa privada”, argumentou. O ex-ministro das Comunicações, Juarez Quadros, defende que caminho para um Plano Nacional de Banda Larga deve seguir com extensa parceria entre o governo e as teles. Na visão do ex-ministro, a cobertura existente de banda larga é bastante consistente e é preciso encarar que quem mora em pequenas localidades não tem necessidade de uma ultra banda larga. “Será que falta infraestrutura? Eu acho que não. Mais de 50% dos municípios brasileiros já têm condições de acesso à banda larga”, afirmou.

7 – Considerações Finais

O que se denota de toda essa discussão é que o papel da ANATEL é fundamental. Independentemente da forma escolhida para a ampliação da Banda Larga no Brasil; seja pública ou privada, o mais importante é que a agência reguladora cumpra seu papel fiscalizador, evitando distorções que encareçam o serviço prestado. É, portanto, da ANATEL a maior responsabilidade por fazer o controle das operadoras dos sistemas de acesso à Internet.

Fazer a rede chegar à maior parte do território nacional, sem questionar a viabilidade econômica, é a chave da discussão. O governo tem meios para pressionar o mercado sem necessidade de criar uma empresa específica para cuidar do setor.

Sem tornar a discussão meramente ideológica, é necessário lembrar que, com erros e acertos, os sistemas de telefonia no Brasil avançaram muito com as privatizações do final da década passada, quando, mais do que falta de acesso à Internet, o brasileiro tinha dificuldade até para ter uma linha fixa de telefone em sua residência. O que não deve acontecer é travar a discussão sem chamar à pauta a agência reguladora. Só ela, se bem gerida e com atuação isenta, pode evitar que distorções graves ocorram no processo de universalizar o acesso à banda larga.

8 – Referências Bibliográficas

Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário – Telebrás, Eletronet e “Plano de Banda Larga” (85) – Opiniões do engenheiro e consultor Virgílio Freire – Localizado In: http://www.wirelessbrasil.org/bloco/2009/outubro/out_14.html

A história do ADSL – Localizado In:

http://www.acessa.com/informatica/arquivo/suporte/2005/11/04-adsl/

A história da Internet à cabo – Localizado In: http://www.acessa.com/informatica/arquivo/suporte/2005/10/10-cabo/

Lobato, Elvira – A teles contra atacam – Teles querem barrar plano de banda larga – Localizado In: http://todamidia.folha.blog.uol.com.br/arch2010-05-02_2010-05-08.html

9 – Anexos

Usuários de Internet no Brasil*

Milhões 2005 2006 2007 2008 2009
Usuários de Internet* 32,1 35,3 44,9 53,9 63
Fonte Suplemento PNAD

*População de 10 anos ou mais de idade que acessou a Internet, pelo menos uma vez, por meio de computador, em algum local (domicílio, local de trabalho, escola, centro de acesso gratuito ou pago, domicílio de outras pessoas ou qualquer outro local) nos 90 dias que antecederam à entrevista.

Usuários residenciais com Banda Larga (milhares – segundo o IBOPE)

Milhares Usuários ativos Usuários com acesso
Fev/09 21.522 29.077
Jan/09 20.706 28.324
Abr/08 18.300 ND
Fev/08 17.414 23.623
Set/07 15.400 ND
Abr/07 11.900 ND
Set/06 9.600 ND

Banda Larga no Brasil: Total de conexões Banda Larga no Brasil

Milhares 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 %
ADSL 526 993 1.907 3.152 4.341 5.590 7.001 7.678 68%
TV assinatura (Cabo) 135 203 342 629 1.200 1.753 2.589 3.132 27%
Outros (Rádio) * 31 40 50 75* 115 375 420 550 5%
Total Brasil 692 1.236 2.299 3.856 5.656 7.718 10.010 11.380 100%

Fonte: Operadoras, Anatel (2002 e 2003), ABTA

Market Share de Banda Larga no Brasil

Milhares 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Oi/BrT 499 1.032 1.819 2.446 3.141 3.822 4.211
Net* 113 189 450 862 1.423 2.217 2.882
Telefonica 484 826 1.207 1.607 2.068 2.555 2.636
GVT 9 24 66 137 246 455 669
CTBC 24 60 131 183 213 203
Outras 130 203 254 473 657 748 779
Total 1.236 2.299 3.856 5.656 7.718 10.010 11.380
Oi (Telemar) 217 497 805 1.128 1.573 2.016
Brasil Telecom 282 536 1.014 1.318 1.568 1.806

* Inclui Vivax

N.D = Não Divulgado

Market Share de Banda Larga no Brasil (Em porcentagem)

% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Oi/Brt 40% 45% 47% 43% 41% 38% 37%
Net* 9% 8% 12% 15% 18% 22% 25%
Telefonica 39% 36% 31% 28% 27% 26% 23%
GVT 1% 1% 2% 2% 3% 5% 6%
CTBC 0% 1% 2% 2% 2% 2% 2%
Outras 11% 9% 7% 8% 9% 8% 7%

*Inclui Vivax

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One Comment

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