Os significados das eleições (6): Um Senado a favor do Brasil

1 out 2010 by josé carlos vaz, No Comments »

Muitas pessoas tratam a escolha dos senadores como uma decisão entre quem é o “melhor”, o “mais preparado”, o “mais limpinho”, etc. É um equívoco.   O que está em jogo, na eleição para o Senado, é a disputa entre projetos distintos para o Brasil. Não é um concurso de miss ou de bom-mocismo.

Por cair nessa armadilha, muitos votam em um candidato a favor do governo e noutro contra. Na prática, estão fazendo um voto tipo “soma zero”.   Quando alguma questão importante for debatida no Senado, o voto desse eleitor não contribuirá em nada, pois terá ajudado a eleger um senador que votará a favor, e outro que votará contra…

Outros decidem por votar em apenas um nome. Ao fazer isso, deixam espaço para a eleição dos adversários do projeto de desenvolvimento nacional representado pela candidatura de Dilma Roussef. A lógica é simples: se voto em apenas um nome, abdico da oportunidade de colocar um voto a mais a ser superado pelos adversários. Facilito-lhes o caminho, portanto. É um voto a menos que eles precisam conquistar.

Aqui em S. Paulo, por exemplo. Vejo gente que apóia entusiasticamente Dilma, dizendo que vai votar apenas em Marta Suplicy  ou apenas em Netinho. Entendo que se façam restrições aos nomes de um ou de outro. Seguramente, elas existem e também tenho as minhas.   Mas, ao deixar de votar em um dos dois, o maior prejudicado não é o candidato em quem se deixa de votar. É S. Paulo e o Brasil.

Marta é bastante conhecida e tem os mais fortes vínculos com o PT desde os anos 80. Netinho, como vereador, não se submeteu à máquina Serra/Kassab na Câmara Municipal. Seu partido, o PCdoB, é um leal aliado do PT no governo federal.

Deixar de votar em um dos dois significa desperdiçar o segundo voto para senador em SP. Na prática, é o mesmo que dar um voto a Aloysio Nunes Ferreira que, além dos serviços prestados aos governos do PSDB,  foi vice do governador Fleury (o pior dos legados de Quércia).

Significa ajudar a eleger um  representante das forças conservadoras do arco PSDB-PTB-DEM-PV-PMDB/Quercismo, que governa SP há quase 30 anos e que é  responsável por muitos dos problemas que o estado tem visto crescer.  Porque, quando o governo de Dilma precisar, ele estará do outro lado, na turma do contra, combatendo o projeto em que acreditamos e que tem ajudado o Brasil a se transformar.

Por isso, defendo que votemos para senador pensando não nas pessoas, mas na política, nos partidos e nos compromissos eleitorais. É assim que se constrói uma democracia sólida.

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